08 de junho
A Alpaca (Vicugna pacos)
Salmos 73:1 “Verdadeiramente, bom é Deus para com Israel, para com os limpos de coração”
As costureiras conhecem muito bem um tecido que pode ser leve ou pesado, durável e de luxo, de nome alpaca. É que ele é produzido a partir da lã do animal chamado alpaca que é quase semelhante à lã das ovelhas, mas um tanto mais quente, sem lanolina e não espinha o corpo, considerado hipoalérgico. A fibra de alpaca resiste a água e não pega fogo facilmente. O tecido fabricado com a lã de alpaca ficou conhecido como a “fibra dos deuses” porque já foi usada para produzir roupas para a realeza. Já deu para perceber que a alpaca é um animal muito útil. A alpaca é apenas mais um da família dos camelídeos, mas muito menor do que um camelo. Para os peruanos ela produz leite, carne, fibra para tecido, além de carregar cargas como faz o nosso cavalo por aqui. Lógico que carrega cargas menores, afinal ela não é tão grande e não tem tanta força como um cavalo. A alpaca é parente próximo da vicunha, do guanaco e da lhama, um mamífero originário da América do sul, muito conhecido nos Andes Peruanos e Bolivianos. Embora pertença à família dos camelídeos, ela é de porte menor. Todos os anos os criadores praticam a tosa e cada animal produz 1.5 quilos de lã. Antes de ser tosado, os animais passam por um belo banho para eliminar a poeira e possíveis gravetos entranhados na lã, porque quanto mais limpa mais valiosa é a lã no mercado.
Curioso, para valorizar a lã o animal deve passar por um banho e só depois ele é tosquiado. Isso me faz lembrar a experiência cristã do batismo. As pessoas têm algum valor intrínseco e extrínseco em si, mas só depois que passam pelas águas do batismo elas passam a ter um valor maior para Deus, elas passam a ser qualificadas como candidatas ao céu. Antes de passar pelo batismo, elas passam pelo processo do arrependimento e pela confissão de seus pecados, como se fossem penteadas para eliminar os gravetos e ciscos que entranham pelo meio da lã na alpaca, e só depois estão aptas ao batismo e saem valorizadas como novos crentes cuja esperança ajuda construir outras pessoas. Nós não somos guanacos, nem vicunha e nem lhama, menos ainda alpaca e não precisamos de banho para valorizar a nossa pele, somos pessoas por quem Cristo morreu e o batismo nos valoriza diante de Deus.