17 de setembro
Carlos Lamarca
Inicialmente Carlos Lamarca era um militar que chegou ao posto de Capitão do Exército Brasileiro, mas que, diante da implantação da ditadura de 1964, desertou e passou para o outro lado vindo a ser comandante do movimento VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), uma organização de guerrilha armada com ideologia de extrema esquerda para desbancar o regime ditatorial. Sem dúvida ele foi condenado pelo Superior tribunal militar e considerado traidor e desertor e como tal um inimigo em potencial porque detinha as técnicas e as abordagens do exército. Quando passou a ser caçado pelo exército, ele criou um foco guerrilheiro no Vale do Ribeira, em São Paulo, e comandou vários assaltos a bancos para fazer dinheiro que pudesse bancar o movimento, liderou também um grupo que sequestrou o embaixador Suíço no Rio de Janeiro, o Sr. Giovanni Bucher pretendendo trocar por 70 presos políticos. Dois anos durou a perseguição militar até que ele foi descoberto e morto no interior da Bahia, em 1971, sete anos depois de instaurada a ditadura militar no Brasil. Seu pai era apenas um sapateiro e sua mãe simples dona de casa, mas aos 16 anos o jovem Carlos Lamarca já participava de manifestações de rua fazendo campanha nacionalista como “O Petróleo é Nosso” e já separou como livro de cabeceira o “Guerra e Paz” de Leon Tolstoi. Entrou para o exército na Escola preparatória de cadetes de Porto Alegre e depois veio para a Academia Militar de Agulhas Negras. Destacou-se como exímio atirador, na realidade era o melhor do seu regimento e sempre saía como representante do II exército em campeonatos de tiro. Esteve nas forças de paz da ONU, no canal de Suez, Faixa de Gaza, Palestina e vendo a miséria em que vivia o povo árabe, se comoveu pela luta dos pobres e resolveu lutar pelo povo aqui no Brasil. Sua primeira atividade na luta de fato aconteceu no centro de São Paulo quando o grupo dissidente tentava assaltar um banco e com a reação do vigia para impedir o assalto Lamarca o matou com dois tiros. A repressão militar vinha dizimando pouco a pouco os integrantes das guerrilhas, centenas deles, e os líderes foram ficando encurralados, mas não desistiam da luta armada. Sequestraram no Rio o embaixador da Alemanha Ocidental, Ehrenfried von Holleben e trocaram por 40 guerrilheiros que foram banidos para a Argélia. Lamarca não participou dessa vez, mas foi denunciado como o comandante do sequestro. Por ele mesmo foi feito outro sequestro, o do embaixador Suíço Diovanni Butcher, em cuja ação Lamarca matou a tiros o agente de segurança que dirigia o carro onde estava Giovanni que posteriormente foi trocado por 70 membros do grupo terrorista. Resumindo, depois de fugirem, fugirem e fugirem, Lamarca foi morto pela polícia do exército no interior da Bahia. Consegue fazer uma ligação com o comportamento de Lúcifer? Tinha alto cargo, se rebelou, foi expulso, vive perambulando pela terra, só não foi morto ainda, mas será. A rebelião contra o governo de Deus, que neste caso não é ditatorial, não poderá terminar bem. Um dia satanás vai cair nas mãos da justiça de Deus e fatalmente será eliminado e assim como muitos simpatizantes da guerrilha foram mortos, todos os simpatizantes de satanás também serão. Conclusão óbvia: Não podemos tomar parte em movimentos contra o governo de Deus, porque as consequências serão certas. Fiquemos, pois, longe de qualquer rebelião.